O deputado Hilton Coelho (Psol) destacou, em moção apresentada na Assembleia Legislativa, a importância do fotojornalista Evandro Teixeira na história brasileira tanto no jornalismo quanto em defesa da democracia. No documento, o parlamentar falou que a morte de Evandro Teixeira, ocorrida na sexta-feira (4), deixa um vazio, pois ele “não foi apenas um fotógrafo, mas também um grande testemunho da coragem e da resistência frente a regimes autoritários. Sua memória será eternamente preservada por seu trabalho que, como um marco, jamais será esquecido”.
Natural de Irajuba, Bahia, Evandro Teixeira se destacou ao longo de sua brilhante carreira, que se estendeu por mais de sete décadas, como um incansável testemunha da história do Brasil e do mundo. Seu olhar atento e sensível foi responsável por documentar momentos emblemáticos e de grande relevância, especialmente durante os períodos de repressão política, como a Ditadura Militar no Brasil e o Golpe de Estado no Chile. Suas fotografias, que capturaram desde a resistência das ruas até os bastidores de eventos históricos, tornaram-se parte essencial da memória nacional.
Entre suas imagens mais icônicas, destaca-se a foto de um estudante sendo perseguido por dois policiais, imortalizando o momento da "Sexta-feira Sangrenta" de 1968, que se tornou um símbolo da luta pela liberdade e pelos direitos humanos. Ao longo de sua carreira, que incluiu passagens por grandes veículos de comunicação como o Jornal do Brasil, Evandro contribuiu de forma irreparável para o jornalismo, recebendo diversos prêmios, incluindo da Unesco, Nikon e da Sociedade Interamericana de Imprensa. Suas imagens integram importantes acervos, como o do Museu de Belas Artes de Zurique, na Suíça, Museu de Arte Moderna La Tertulha, Colômbia; do Masp, em São Paulo, do MAM e do MAR, ambos no Rio de Janeiro, e fazem parte da história da fotografia mundial. “Expressamos nossa solidariedade à família de Evandro Teixeira e a todos os admiradores do seu trabalho. Que o exemplo de sua trajetória inspire as futuras gerações a nunca esquecer a importância da liberdade de expressão e do direito à memória”, conclui Hilton Coelho.
REDES SOCIAIS