"A banda de música Maestro Wanderley é parte integrante da história da Bahia e do Brasil e suas páginas registram os benefícios sociais que pontuaram a sua trajetória nesses 157 anos de música, entretenimento e elo de ligação entre a PM e o povo." A declaração é do deputado Eliel Santana (PSC), que apresentou uma indicação ao governador Paulo Souto para a reestruturação da banda de música da Polícia Militar, chamada Maestro Wanderley, criada em 17 de setembro de 1849, sendo a mais antiga em atividade na Bahia e a terceira do Brasil.
No documento, Eliel lembra que a banda participou de batalhas e, em tempo de paz, foi preponderante na vida das pessoas, seja nas escolas, teatros, atos oficiais ou solenidades cívicas. Criada pela Lei Provincial no 352, ela compunha-se de apenas 28 músicos. "Sua existência foi pontuada por extinções e renascimentos, como as ocorridas em 25 de maio de 1863, e novamente por questões de economia, em 22 de agosto de 1874, mas ressurgia como a fênix, que mesmo queimada e transformada em cinzas reaparecia cada vez mais gloriosa", contou o parlamentar.
Ele salientou ainda que a história do maestro João Antônio Wanderley está atrelada à Polícia Militar. O maestro assumiu a regência da banda em 1912, ficando até 1927, ano de sua morte. Nessa época, a banda da Polícia Militar chegou a ser a mais autêntica expressão musical da Bahia, de acordo com relatos em jornais e noticiários da época.
"Em 9 de fevereiro de 1968, num momento de reconhecimento e gratidão àquele que foi o maior de seus mestres, exímio regente, compositor de expressivo acervo musical e reconhecido valor, autor do Hino ao Senhor do Bonfim, a banda de música da Polícia Militar passou a se chamar Banda de Música Maestro João Antônio Wanderley", informou o deputado no documento. Ele acrescentou que, além de incontáveis feitos ao longo da sua história, a banda formou e "exportou" profissionais que, com capacidade e experiência, elevaram o nome da banda e da corporação.
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