O súbito falecimento do desembargador aposentado Raymundo de Souza Carvalho consternou o deputado Gildásio Penedo, líder do PFL, que registrou o seu pesar na Assembléia Legislativa através de moção protocolada na Secretaria Geral da Mesa. O parlamentar tem como principal base política o município de Tucano, próximo a Cícero Dantas, cidade onde Raymundo Carvalho tem suas raízes. Ele chegou a servir na comarca de Tucano e mantinha laços de amizade com o parlamentar pefelista e seus familiares.
Gildásio Penedo juntou à moção de pesar um breve resumo da trajetória de Raymundo Carvalho no Judiciário da Bahia. Ele se formou em Direito pela Universidade Federal da Bahia em 17 de dezembro de 1960, sendo aprovado em seguida num concurso para o cargo de promotor de justiça, exercido nas comarcas de Santa Rita de Cássia, Sento Sé e Euclides da Cunha. Ingressou na magistratura em 1968, assumindo inicialmente o posto de juiz da comarca de Boa Nova, passando depois por Uauá, Tucano e Catu.
O deputado do PFL registra a sua atuação correta e digna em todos os cargos que ocupou, destacando a sua transferência para Salvador em 1984, onde serviu na 5a Vara da Fazenda Pública, além de atuar no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia em 1986. "No TRE, ele começou como juiz substituto e, dois anos depois, como membro efetivo, sendo promovido para o grau mais alto da magistratura estadual ? por merecimento ? em 1996, onde se aposentou, seis anos depois".
Para Gildásio Penedo, a morte "desse ilustre jurista, amigo exemplar, pai e esposo extremoso, abre uma lacuna de difícil superação", pois ele sempre pautou a vida pela humildade e a vontade de servir ao próximo. Reportando-se ao período em que ele serviu em sua terra, Tucano, disse que "lá ele fez inúmeros amigos pela postura simples e pela humildade de sertanejo que não distinguia classes sociais, tratando a todos com igualdade e urbanidade".
Nascido em 9 de maio de 1932, ele faleceu na última terça-feira, aos 67 anos, deixando a família enlutada ? esposa, filhas e sobrinhos. Raymundo Carvalho era irmão do também advogado, ex-secretário da Segurança Pública e conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios Francisco Netto.
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