A Assembleia Legislativa contribuirá mensalmente com o hospital Aristides Maltez, centro de referência para o tratamento de câncer na Bahia, já a partir desse mês, retomando procedimento que remonta à gestão do senador Otto Alencar na presidência da Casa, entre 1995/1997. A Procuradoria Jurídica da ALBA já trabalha no sentido de celebrar convênio de cooperação técnica entre as duas instituições.
O anúncio foi feito hoje (04), pelo deputado Angelo Coronel (PSD), ao presidente da Liga Bahiana Contra o Câncer, o médico Aristides Maltez Filho. Na oportunidade, a mulher do presidente do Legislativo, Eleusa Coronel, apresentou o programa Assembleia de Carinho, que também apoiará o hospital na área de pediatria. Ela explicou as linhas gerais do programa, que congrega as oito parlamentares baianas, além das mulheres dos deputados estaduais em ações de natureza social.
“Além da verba institucional da ALBA, estaremos mobilizando todos os 63 deputados para que façam a sua contribuição pessoal ao Aristides Maltez. Além disso, os próprios deputados mobilizarão os prefeitos para que possamos aumentar as contribuições dos municípios, hoje em apenas 85. A nossa meta é chegar a 210 prefeituras contribuindo com, no máximo, 2 mil reais cada. Os repasses do SUS ao Maltez chegam a R$9,5 milhões mês, enquanto as despesas são de R$12,5 milhões”, diz Coronel.
No encontro de hoje ficou acertada uma reunião de trabalho da Assembleia de Carinho com o Comitê de Voluntárias da Liga Bahiana Contra o Câncer, seguida de visita à Pediatria e à Casa de Acolhimento que a instituição mantém para crianças interioranas e familiares – para identificar como o programa poderá contribuir. “Todas nós já realizamos algum tipo de trabalho social. O Assembleia de Carinho é para somarmos forças e fazer mais, muito mais, amenizando as carências de muitos”, explica Eleusa Coronel.
ALTA COMPLEXIDADE
O presidente da Liga Bahiana Contra o Câncer explicou que o Aristides atende diariamente cerca de 3.500 pessoas, oriundas - em 2016 - de 394 municípios e também de outros 13 estados. São 232 leitos, dez de UTI, 18 de pediatria, todos para tratamento oncológico e 100% provenientes do Sistema Único de Saúde, SUS. É o único hospital da Bahia com o selo Centro de Alta Complexidade em Oncologia, permanecendo como maior responsável pelo atendimento nesse ramo da medicina na área pública ou filantrópica.
O doutor Aristides Maltez e o diretor do hospital, Washington Couto foram recepcionados pelo presidente Angelo Coronel e por integrantes da Mesa Diretora e do Colégio de Líderes da ALBA, sendo convidados a um almoço de trabalho no Salão Nobre, reunindo também os deputados Alan Castro (PSL), Aderbal Caldas (PP), José de Arimatéia (PRB), Adolfo Viana (PSDB), Pablo Barroso (DEM), Sandro Régis (DEM), Manassés (PSL), Luciano Ribeiro (DEM) e Luciano Simões (PMDB), Roberto Carlos (PDT), Leur Lomanto Junior (PMDB), Augusto Castro (PSDB) e Adolfo Menezes (PSD).
“Vamos trabalhar pela ampliação dos recursos do Ministério da Saúde, pela correção da tabela do SUS, e também continuar pedindo o apoio da sociedade, pois trata-se de um patrimônio da Bahia”, destacou o deputado estadual e médico Alan Castro. José de Arimatéia garantiu que vai apoiar a campanha para ampliação do número de colaboradores cadastrados e buscar novos instrumentos legais para levar as prefeituras baianas a ajudar.
“O aumento da cota é fundamental, pois a filosofia do hospital é atender a todos que cheguem com diagnóstico de câncer, haja ou não espaço na cota mensal”, disse Couto. “Do diagnóstico à cirurgia, não passamos de 60 dias. Em muitos casos, como no câncer de mama, respondemos em um mês. A resposta rápida no tratamento amplia exponencialmente as chances de cura”, acrescentou Maltez Filho.
MANUTENÇÃO SOLIDÁRIA
O hospital Aristides Maltez possui 10.500 pessoas físicas cadastradas que contribuem mensalmente para sua manutenção, através do programa Sociedade Solidária Contra o Câncer, gerando receita de aproximadamente R$450 mil. A ajuda pode ser feita a partir de R$ 50,00 mensalmente, e a meta é de ampliar esse número, em 2017, para 15 mil.
O hospital Aristides Maltez tem recebido apoio do Governo do Estado e do próprio Ministério da Saúde em caráter emergencial, ou subvenção, mas só agora com o Hospital da Mulher firmou contrato para prestação de serviços. “O filantrópico existe por uma necessidade social, não por vaidade, e atende a uma delegação do governo para representá-lo, de forma não estatal, com mais flexibilidade e mais sensibilidade nos gastos na área social”, explicou o presidente da Liga Baiana Contra o Câncer.
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