MÍDIA CENTER

Coronel quer estancar o elevado índice de perda de água na Bahia

Publicado em: 25/04/2017 18:16
Editoria: Presidência

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Angelo Coronel (PSD), quer reduzir o índice de perda de água na tubulação na Bahia a algo em torno de 7% - semelhante a níveis de países que tratam com grande rigor o grave problema do desperdício do produto, como o Japão (3%) e Israel (7%). O estado assiste, hoje, escoar ralo abaixo elevados 48% de toda a água captada para o consumo.

A nascente da proposta foi a visita que o chefe do Legislativo estadual recebeu, na manhã desta terça-feira (25), em seu gabinete, de uma comissão do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) - formada pelo presidente da entidade, Marco Antônio Amigo, do chefe de gabinete, Herbert Pereira, e do assessor parlamentar Genivaldo Barbosa -, que debateu uma extensa pauta de interesse dos poderes públicos e dos baianos.

Angelo Coronel, que tem formação em engenharia civil, propôs a criação de uma comissão, integrada por membros da Alba, do Crea e do Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos e a Embasa. A intenção dos presidentes do Legislativo e do Crea é o uso de tecnologias como a instalação de um sistema que impeça a sangria.

“Viemos nos colocar à disposição da Assembleia para tratar, em conjunto, de temas importantes, como a perda de água, o uso da energia elétrica e ocupação do solo. Queremos auxiliar o estado na busca do desenvolvimento de sistemas que reduzam a perda de água, fazer a Embasa trabalhar com mais competência”, ressaltou Antônio Amigo. Ele explicou que a perda ocorre de várias formas, a exemplo do uso não-autorizado, ligações clandestinas etc.

Coronel observou que vem pesquisando a forma que outros estados tratam o problema, como São Paulo, e que já levou o tema ao governador Rui Costa, que revelou vontade política em debater o assunto. “A água é vida. Temos que tratá-la com a maior responsabilidade possível. A Alba vai ficar ainda mais atenta e fiscalizar”, disse.

BARREIRAS

Vários outros temas compuseram a pauta da audiência, como uma maior aproximação institucional entre a Alba e o Crea, a construção de uma instância para debater projetos de lei em andamento e arquivados pela Casa de interesse do setor, e a elaboração de uma agenda propositiva para o setor de petróleo e gás.

Antônio Amigo propôs ainda um maior estreitamento entre a Comissão Parlamentar Ambientalista da Bahia, presidida pelo deputado Marcelino Galo (PT), com o Conselho de Engenharia, sugerindo, inclusive, a inclusão de outros profissionais no colegiado, além de engenheiros, geólogos e geógrafos. Coronel também foi convidado a participar do Seminário Semear a Água – Desafios para o Desenvolvimento Territorial, que acontece dias 26 e 27 próximos, no auditório Jornalista Jorge Calmon, na Alba, promovido pelo Crea-BA e com o apoio do Governo do Estado.

Outra solicitação feita pelo Conselho foi a intervenção da Alba no sentido de diminuir o que chamou de “barreiras informais” para a atuação de empresas baianas nos estados vizinhos. Coronel destacou que a criação de barreiras burocráticas dentro do país contra empresas nacionais tem impedimento legal da Constituição Federal, e defendeu o fortalecimento do empresariado e da mão de obra locais.

Presidente lembrou aos visitantes uma luta que precisou travar, em situação parecida, em favor do café baiano. Recebeu ainda do Crea um “Relatório Técnico do Centro de Convenções”, ocasião em que a queda de parte do equipamento entrou na ordem do dia das conversas.

Ao final do encontro, Coronel se disse feliz com a visita porque “me tornei engenheiro de novo” e estar bem representado como engenheiro com a diretoria do Crea-BA.



Compartilhar: