Para celebrar os 50 anos do Teatro Castro Alves, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Angelo Coronel (PSD), apresentou à Mesa Diretora da Casa, nesta terça-feira (23), moção em que destaca a energia do aplauso para o sucesso do diálogo entre a plateia e o artista. “Aplauso dar nome a esta moção. Aplauso é o combustível que move o ocupante de seu palco, camarins e coxia. Aplauso é também a alma da plateia e o oxigênio do artista”, escreveu.
Para o chefe do Legislativo baiano, se o Estado tem uma residência, esta é um teatro. “O Teatro Castro Alves é a morada da Bahia, concebida em forma de cultura e arte”. Ele salienta o papel do TCA no apoio a grupos de teatro e dança para a formação de artistas emergentes, bem como na produção e exibição dos grandes espetáculos, inclusive internacionais.
Coronel destaca os valores desenvolvimentistas do então governador Antônio Balbino (1955 – 1959), que no cargo de deputado estadual, em 1948, já perseguia a ideia de construir um grande teatro no Estado. E no cargo de chefe do Executivo, Balbino conseguiu realizar o seu projeto.
Na madrugada de 9 de julho de 1958, no entanto - cinco dias antes de sua inauguração -, labaredas irromperam suas dependências, destruindo-as inteiramente, frustrando em definitivo o sonho de 20 anos acalentado por Antônio Balbino.
O TCA veio a ser inaugurado, de fato, em 4 de março de 1967, com a presença do então presidente da República, marechal Castelo Branco (1964 – 1967), tendo o então governador baiano, Lomanto Júnior (1963 – 1967), o privilégio de fazer a entrega do equipamento aos baianos.
No palco da memorável noite, o espetáculo ficou a cargo de nomes como Dorival Caymmi, Paulinho da Viola, Clementina de Jesus, Quinteto Villa Lobos, Companhia Nacional de Ballet e o Madrigal da Universidade Federal da Bahia. Um recital de poesias, alusivo aos 120 anos de nascimento do poeta baiano que empresta o nome ao TCA, Castro Alves, o Poeta dos Escravos, completou a programação.
O TCA volta a arder em chamas em 1989, sinistro que levou a nova reforma e outra reinauguração, em 22 de março de 1993. Desta vez, o espetáculo da noite de gala ficou por conta dos baianos Maria Bethânia, Gal Costa e João Gilberto. E o então ocupante do Palácio de Ondina era o governador Antônio Carlos Magalhães (1991 – 1994).
SESSÃO ESPECIAL
As homenagens da ALBA pelo cinquentenário do TCA vai além da moção de aplauso do presidente da Casa. Tendo como proponente a presidente da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Serviços Públicos da Casa, a deputada Fabíola Mansur (PSB), o ALBA realiza Sessão Especial, nesta quarta-feira (24), às 19 horas, na Sala Principal do teatro, também alusiva ao meio século do TCA.
O presidente Coronel menciona na moção os oito espaços que compõem o Teatro Castro Alves: Sala Principal, Sala do Coro, Concha Acústica, Foyer, Centro Técnico, Vão Livre, Jardim Suspenso e o Café Teatro. E os projetos permanentes, como a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), o Balé do Teatro Castro Alves (BTCA) e os Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (NEOJIBÁ), além de iniciativas paralelas como o Domingo no TCA e o Conversas Plugadas.
O pessedista salienta também o processo de requalificação e ampliação que passa o complexo do TCA, com investimentos do Governo do Estado da ordem R$ 80 milhões. A primeira etapa do Novo TCA foi entregue em maio de 2016, com a reforma completa da Concha Acústica.
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