O encontro do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Angelo Coronel (PSD), com o secretário estadual de Cultura, Jorge Portugal, ocorrido na manhã desta quarta-feira (31), no gabinete do parlamentar, traz a esperança de que o novo tempo vivido no Legislativo estadual chegue com força também à Secretaria.
O titular da Secult, que “já devia uma visita de cortesia a Coronel”, solicitou o apoio do Legislativo estadual para dois projetos de “relevante interesse para a cultura no Estado”. A primeira proposta é a elaboração de um projeto de lei a ser apresentado na Casa, estabelecendo que 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado – espécie de fundo incontingenciável -, seja destinado, exclusivamente, às ações desenvolvidas pela pasta da cultura.
“Temos uma secretaria para dar conta de uma cultura que é maior que o Estado. A Bahia respira cultura. Não temos condições de atender a todas as demandas culturais que nos são apresentadas. Com esse projeto, nós teríamos condições de minorar as dificuldades enfrentadas com o atual orçamento”, esclarece Jorge Portugal.
O secretário da Cultura do governo Rui Costa sugeriu ainda a Coronel, também através de um projeto de lei, que 20% das salas de cinema na Bahia sejam destinadas exclusivamente à exibição de filmes que tenham a produção local ou nacional.
“É importante a existência de uma lei que nos garanta este percentual para os filmes nacionais, porque se não for assim Hollywood toma conta”, explica o secretário, referindo-se à megaprodução do cinema norte-americano. Portugal destacou que gostou da receptividade de Angelo Coronel às duas propostas. “Ele recebeu com euforia e muita alegria”.
Portugal também elogiou a sessão especial que a Assembleia Legislativa realizou no Teatro Castro Alves, na noite do último dia 24, proposta pela deputada Fabíola Mansur (PSB), por ocasião dos 50 anos de inauguração da “morada da cultura na Bahia”, como definiu o presidente da Alba.
Angelo Coronel elogiou a qualidade do cinema nacional e considerou muito pertinente o conteúdo das proposições da Secult. O chefe do Legislativo observou que estabelecer uma reserva para as películas nacionais nas salas comerciais de exibição vai permitir o fortalecimento da produção audiovisual no Estado, assim como fazer ascender e projetar os valores emergentes nesta área. “Somos um Estado rico de talentos também na arte de interpretar e dirigir. Se os projetos são bons para a cultura da Bahia, a Alba aprova”.
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