O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, Angelo Coronel, participou hoje (20.11) do IV Fórum Bahia Econômica, na Casa do Comércio, compondo a mesa onde palestrou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Atento à fala do formulador da atual política econômica do Governo Federal, Coronel afirmou que os números positivos apresentados pelo ministro não condizem com a realidade.
“O ministro Meirelles pintou um quadro cor-de- rosa da economia brasileira, quando a realidade ainda é bem distinta. E mesmo o calendário das reformas, com o ministro garantindo que a nova versão das mudanças na Previdência será apresentada ainda nessa semana, é pura especulação”, criticou o presidente da ALBA.
Coronel disse que não há consenso em Brasília, mesmo com as concessões que o Planalto tem feito aos integrantes do Congresso Nacional. “O ministro Meirelles disse que o governo não irá abrir mão de princípios como idade mínima, o período de transição e regime único para o trabalhador público e privado. O problema é que justamente são esses três pontos que semeiam toda a discórdia. A unificação do regime previdenciário para o setores público e privado é bastante polêmica, porque são carreiras diferentes. Como, por exemplo, unificar o tempo de serviço de médicos e enfermeiros com o de professores ou auditores fiscais”, questiona Coronel.
A movimentação de Henrique Meirelles como pré-candidato à presidência da República, PSD - mesmo partido de Angelo Coronel – tem dificultado a condução da política econômica. Para as metas fiscais de 2017 e 2018, Meirelles defendeu que o rombo nas contas públicas fosse elevado para R$ 159 bilhões. Contudo, ministros, deputados e senadores do PMDB queriam que a meta fosse elevada para R$ 170 bilhões, para que os ministérios comandados por aliados, e que estão sendo prejudicados pelo forte contingenciamento orçamentário, pudessem gastar mais.
O IV Fórum Bahia Econômica é promovido pela Federação do Comércio, Bens e Serviços do Estado da Bahia Fecomércio-BA. Além de Coronel, estavam presentes os secretários da Fazenda da Bahia e de Salvador, respectivamente Manoel Vitório e Paulo Souto.
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