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Coronel assina Moção de Pesar pelo passamento de Antônio Moreira

Publicado em: 03/01/2018 17:29
Editoria: Presidência

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia - ALBA, Angelo Coronel (PSD), emitiu hoje (03.01) Moção de Pesar pela morte, na madrugada de ontem do empresário Antônio Moreira da Silva, um dos donos do tradicional restaurante Porto do Moreira, no Largo Dois de Julho. “Prestes a completar 80 anos, no próximo 7 de Setembro, o Porto do Moreira é uma referência não só gastronômica, mas intelectual, cultural e política de Salvador”, destaca o Chefe do Legislativo.


Coronel defende que o Porto do Moreira seja declarado “Patrimônio Cultural de Salvador”. “Não há um só literato ou intelectual da cidade – de Jorge Amado a Tasso Franco - que não tenha uma ligação cultural com o restaurante, fundado há 79 anos. Ao lado do irmão Chico, Antônio Moreira cuidava da manutenção de uma das maiores tradições da Bahia, que é a sua culinária. Quem aprecia moqueca de miolo, como eu, só consegue comê-la no Moreira”, argumenta Coronel.


Na moção, o presidente da ALBA estende o seu abraço solidário à família enlutada de Moreira, nas pessoas dos irmãos Chico, Américo e Zulmira, e das filhas de Antônio, Taíse e Tamara. Coronel também destaca a “labuta diária das cozinheiras e garçons que, em 80 anos, fizeram da qualidade a fama do Porto do Moreira”.


HISTÓRIA

O Porto do Moreira era um restaurante português que incorporou a culinária da Bahia em seu cardápio. O bacalhau se misturou com o sarapatel; o filé ao molho de vinho dividiu a travessa com a moqueca de miolo. O fundador do Porto é o pai de Antônio e Francisco, o carpinteiro José Moreira da Silva, que desembarcou na Bahia aos 19 anos, vindo de Portugal, em 8 de dezembro de 1928.

Meu avô trabalhava na restauração de móveis. Co carpintaria nheceu minha avó, a italiana Maria Francesca, com quem se casou. Em 1938, cansou da e abriu a 'Casa de Pasto e Espírito Porto do Moreira'. São 80 anos de um cardápio que pouco variou e que cativou um clientela fiel, que sabe que ali vai degustar uma galinha ao molho pardo, um sarapatel, uma moqueca de bacalhau ou de miolo como em nenhum outro lugar de Salvador”, conta Cristina Moreira, sobrinha de Antônio Moreira e atual gerente do restaurante.


A clientela fiel inclui – ou incluiu – Jorge Amado, Glauber Rocha, Caetano Veloso, Regina Casé, Edil Pacheco, Thomas Bacellar, Fernando Santana, Getúlio Soares, Florisvaldo Mattos, José Carlos Capinan, Carlos Libório, Fernando Vita, Manoel Castro, Benito Gama, Paulo Souto, Tasso Franco, Paolo Marconi, entre outros.



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