A tragédia que se abateu ontem sobre Pituaçu, com a morte de quatro pessoas e ferimentos em outras sete, foi lamentada ontem pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Angelo
Coronel (PSD). O parlamentar apresentou moção de pesar pelo desabamento do prédio de quatro andares na capital baiana que provocou as perdas humanas. A combinação entre a ocupação de solo desordenada e a elevação do índice pluviométrico nesta época do ano, segundo Coronel, tem se caracterizado por trazer tragédias como a de ontem.
“Foi o que aconteceu o início da manhã de ontem, na Rua Alto de São João, provocando uma comoção entre os baianos”, disse, lembrando que o prédio que desceu morro abaixo foi erigido há
apenas quatro meses.
“O desabamento, provocado pelas fortes chuvas que atingiram a cidade com índice muito superior ao que era previsto, deixou soterradas sete pessoas de uma mesma família, ceifando a vida de quatro delas, sendo duas crianças”, enfatizou o presidente.
Tiveram o ciclo de vida finalizado, fruto da combinação de fenômeno climático e negligência do poder público, as seguintes pessoas: Rosemeire Pereira de Jesus, 34 anos; Robert de Jesus, 12;
Artur de Jesus, 1 ano, e Alan Pereira de Jesus, 31. Rosemeire era mãe das crianças e irmã de Alan. Foram resgatados com vida Alex Pereira de Jesus, 29 anos; Beatriz de Jesus, 30; e Sabrina Menezes, 11 meses. Outros quatro imóveis, vizinhos ao Presidente lamenta tragédia provocada pelas chuvas em Salvador da Família Jesus, também foram danificados com o desmoronamento e correm risco de ruir, sendo isolados pela Defesa Civil de Salvador (Codesal).
Além desse desabamento, a Codesal registrou ao longo da manhã de ontem um total de 91 registros, entre os quais 15 deslizamentos de terra, 18 de ameaças de desabamento, dez ameaças de deslizamento, quatro de risco de quedas de árvore, 24 alagamentos de imóveis.
Coronel ressaltou a solidariedade da comunidade de Pituaçu que se misturou aos bombeiros e socorristas em busca dos sobreviventes em meio aos escombros e à lama, “muitas vezes tentando cavar com as próprias mãos”.
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