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Marcelino Galo saúda os 50 anos do Ilê Aiyê

Publicado em: 04/11/2024 17:30
Editoria: Notícia

Deputado Marcelino Galo (PT)
Foto: AscomALBA/AgênciaALBA

O deputado Marcelino Galo (PT) destacou, em moção apresentada na Assembleia Legislativa, a passagem dos 50 anos do Bloco Afro Ilê Aiyê, celebrados em 1º de novembro de 2024. No documento, Galo ressaltou o papel do Ilê Aiyê na valorização da cultura afro-brasileira e sua história de resistência e representatividade na sociedade baiana e brasileira.


Fundado em 1974 por Antônio Carlos dos Santos (Vovô do Ilê) e Apolônio de Jesus Filho (Popó do Ilê) no bairro do Curuzu, em Salvador, o Ilê Aiyê é reconhecido como o primeiro bloco afro do Brasil”, contou. Segundo ele, a criação do Ilê foi uma resposta direta à exclusão imposta pelos blocos carnavalescos tradicionais, que limitavam a participação de pessoas negras. “Desde então, o Ilê Aiyê tornou-se símbolo de luta, orgulho e celebração da identidade afrodescendente no país”, acrescentou.


Marcelino Galo recordou os obstáculos enfrentados pelo Ilê Aiyê desde o início de sua trajetória, como a manchete de fevereiro de 1975, publicada pelo Jornal A Tarde, que qualificou o bloco como “Bloco Racista, Nota Destoante” em crítica à sua postura de exaltação da cultura negra. Inicialmente, contou ele, o grupo planejava se chamar “Poder Negro”, mas o nome foi vetado pela Polícia Federal da Bahia, que alegou conotações “subversivas”, apoiada pela mídia local que via a associação com o movimento negro americano de maneira negativa.


O petista também destacou na moção as importantes ações sociais promovidas pelo Ilê Aiyê, que vão além do Carnaval. Em 1988, o bloco criou a Escola Mãe Hilda, voltada à educação e formação de crianças e jovens negros, proporcionando um espaço de consciência e fortalecimento identitário. A escola é um marco na trajetória do bloco, simbolizando o compromisso do Ilê Aiyê com a transformação social e com a promoção de uma educação que valoriza as raízes culturais afro-brasileiras.


Ao concluir a moção, Galo expressou orgulho e gratidão ao Ilê Aiyê por sua contribuição à história e cultura baiana e brasileira. Ele ressaltou o impacto positivo do bloco para a autoestima e o sentimento de pertencimento da população negra, além de reafirmar o compromisso da Assembleia em apoiar iniciativas que promovam a diversidade cultural.



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