A deputada Olivia Santana (PC do B) aplaudiu o tombamento municipal do terreiro de Candomblé Ilê Axé Oba Lajá, em Muritiba e considerou que “a honrosa iniciativa é absolutamente justa”. Em moção de aplausos, ela qualificou o tombamento “um ato de reparação” e disse que o Recôncavo da Bahia “é um dos territórios mais marcados pela presença e contribuição laboral, cultural e religiosa do povo negro de origem africana”.
Segundo Olívia Santana, a Carta Magna brasileira ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial, “e abriu o leque de possibilidades e de oportunidades para a incorporação das celebrações religiosas de um povo”, a exemplo do Candomblé, religião “que expressa a resistência dos nossos antepassados e a luta das atuais gerações que buscam respeito e liberdade plena para existir sem os grilhões do racismo”.
Em três décadas de existência, o Terreiro Ilê Axé Oba Lajá denominado Associação Beneficente Antônio Carlos da Silva Santos, consolidou-se como espaço de atividade religiosa de relevante função social e cultural. Conforme a deputada, o trabalho dos babalorixás e de toda a comunidade que integra o terreiro resultou, “além de importante resultado social, na constituição de um vasto acervo arquitetônico digno de ser reconhecido e preservado pelo poder público”.
Ela também destacou o trabalho dos cofundadores, o Bábà Jean Carlos Lopes, a Iyalaxe Juçara Lopes Pontes e o Opotum Fabiano Figueiredo (in memoriam), “lideranças reconhecidas e pilares do terreiro”. O reconhecimento do terreiro Ilê Axé Oba Lajá como Patrimônio Histórico e Cultural de origem africana e afro-brasileira, concluiu Olivia Santana, “é um passo de alta relevância para que outras ações possam ser realizadas no sentido da preservação da história, cultura e memória desse território sagrado para toda a população nele representada”.
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