Nesta terça-feira (12), o deputado Marcelino Galo (PT) esteve presente na audiência pública “Defesa das reservas da caatinga nos platôs das serras”, realizada na Câmara Municipal de Irecê. Proposta pela Frente Parlamentar Mista Socioambientalista e em Defesa dos Territórios dos Povos e Comunidades Tradicionais, da qual Marcelino Galo é coordenador, a audiência reuniu representantes da sociedade civil, organizações ambientais e autoridades locais para debater a preservação das últimas áreas de caatinga nativa da região e discutir os impactos dos empreendimentos de energia eólica e solar nos municípios de Uibaí e Ibipeba.

Oa participantes da audiência debateram sobre a preocupação com o desmatamento na serra de Uibaí, onde áreas de caatinga virgem estão sendo devastadas para implantação de grandes empreendimentos energéticos. De acordo com representantes das organizações civis, esses desmatamentos violam dispositivos do Código Florestal Brasileiro, da Constituição Federal e da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que protege os direitos das comunidades locais e tradicionais sobre o uso sustentável de seus territórios.

Outro ponto abordado foi a falta de aproveitamento de grandes áreas já degradadas, que poderiam ser destinadas para esses empreendimentos, preservando assim as reservas nativas da região. Segundo os relatos, essas áreas sem cobertura vegetal estão localizadas a menos de um quilômetro das reservas de caatinga, o que torna questionável a escolha das áreas de preservação como alternativa para instalação de usinas eólicas e solares.

O deputado Marcelino Galo ressaltou a importância da iniciativa, destacando que “é fundamental que o desenvolvimento de energias renováveis na Bahia não esteja à custa da devastação de nossas riquezas naturais. A caatinga é um bioma único no mundo, e proteger suas reservas é uma responsabilidade de todos”. Como coordenador da Frente Parlamentar Mista, Galo reforçou o compromisso do mandato em promover ações que garantam o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação dos ecossistemas e dos direitos das comunidades tradicionais da região.