Através de uma moção apresentada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o deputado Hilton Coelho (Psol) se solidarizou com a professora Sueli Santana, da rede municipal de ensino de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, vítima de racismo e intolerância religiosa na Escola Municipal Rural Boa União, no distrito de Abrantes. Makota do Terreiro Lembarocy, ela foi alvo de agressões verbais e físicas após ministrar uma aula sobre cultura afro-brasileira vestindo trajes tradicionais do Candomblé.
De acordo com relato da educadora, a situação piorou após o recesso escolar no meio do ano. Em outubro e novembro, os ataques escalaram para agressão física, e a professora foi apedrejada pelos três alunos, em um ataque que violou não apenas sua integridade física, mas também a sua liberdade de crença. Hilton Coelho acrescenta que “é fundamental que os responsáveis por essas agressões sejam identificados e responsabilizados, e que tanto a gestão escolar quanto os órgãos competentes adotem medidas eficazes para garantir um ambiente respeitoso, inclusivo e seguro nas escolas”.
“Repudiamos as agressões que começaram no início do ano letivo e incluíram ataques por parte de alunos com idades entre 10 e 12 anos, todos da mesma família. Eles se recusaram a participar das aulas previstas pela Lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira em escolas. Reafirmamos nosso total apoio à educadora que enfrenta o desafio de ensinar em um ambiente de racismo cotidiano”, afirma Hilton Coelho.
O parlamentar destaca ser “fundamental que o Poder Público atue com rigor e as instituições educacionais promovam ações efetivas contra a discriminação, conforme previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Basta de racismo! O ensino e concretização da Lei 10.639/2003 é essencial para desconstruir preconceitos e valorizar a história afro-brasileira em nossa sociedade. Total solidariedade à professora Sueli Santana”, concluiu.
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