Evento contou com o apoio da Frente Parlamentar Mista Ambientalista e em Defesa de Territórios dos Povos e Comunidades Tradicionais, representada, na ocasião, pela deputada Fátima Nunes (PT)
Foto: AscomALBA/AgênciaALBA
A Associação Pré-Sindical dos Servidores do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Ascra) realizou nesta quinta-feira (5), no auditório plenarinho da Assembleia Legislativa, a sua I Conferência Livre de Meio Ambiente, tendo como objetivo sistematizar propostas a serem encaminhadas para as conferências estadual e nacional de meio ambiente. O evento contou com o apoio da Frente Parlamentar Mista Ambientalista e em Defesa de Territórios dos Povos e Comunidades Tradicionais, representada, na ocasião, pela deputada Fátima Nunes (PT).
O evento da Ascra, que reúne em seu quadro servidores da Secretaria estadual do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), teve duas mesas redondas. A primeira tratou do tema Empreendimentos de energia eólica e solar: impactos socioambientais e regularização ambiental, tendo como participantes Carlos Cezar Cerqueira Lima Pinha (Inema), Juracy Marques dos Santos (Uneb) e Gislene Moreira (Uneb), sob a mediação de Ana Carolina Delfino Regis (Inema).
A segunda mesa, com Dary Moreira Gonçalves Rigueira (Inema), Júlio Cesar de Sá da Rocha (Ufba), Maria Daniela Martins Guimarães (Inema) e mediação de Rosalvo de Oliveira Júnior (Sema), discutiu critérios de avaliação para análise de pedidos de supressão de vegetação nativa.
“O tema que eles trouxeram é de muita emergência, que é a questão das energias renováveis, como se instalam esses parques, seja solar ou eólico. Quais os impactos ambientais e como proteger as comunidades, as pessoas, a sociedade que vive ali?”, explicou Fátima Nunes.
“A gente sabe que quem tem interesse no lucro se importa pouco com as pessoas, mas o papel regulador do Estado é manter esse equilíbrio entre o desenvolvimento e sustentabilidade, para garantir a vida das pessoas com dignidade no território onde elas estão hoje e também garantir que as gerações futuras encontrem um ambiente sustentável e saudável”, completou.
Sobre a avaliação da viabilidade ambiental da supressão de vegetação nativa, a deputada explicou que há um grande conflito, “porque quem tira a floresta naturalmente está tirando a água, seja a água dos ciclos de chuvas como também as reservas subterrâneas”. Ela argumentou ainda que, por conta dessa supressão de mata, “os lençóis freáticos têm reduzido consideravelmente as suas nascentes”.
A conferência da Ascra teve como objetivo tratar dos cinco eixos temáticos propostos pela 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente – Emergência Climática, O Desafio da Transformação Ecológica. São eles, mitigação; adaptação e preparação para desastres; justiça climática; transformação ecológica; e governança e educação ambiental.
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