Uma imersão na mata, uma reconexão com a natureza. É como Moisés Miranda define sua mostra, que começou nesta segunda-feira (4) e permanece durante toda a semana no Saguão Josapaht Marinho, da ALBA. São 14 quadros em óleo sobre tela, todos com inspiração na natureza, onde Moisés se refugia para fugir da vida frenética da cidade. “Meu trabalho é, basicamente, uma reflexão sobre a importância da natureza e sobre como devemos nos reaproximar dela”, disse.
A inspiração do artista vem das inúmeras viagens que faz, do que vê e do que fotografa. “É mais uma reconexão do que uma pintura”, define Moisés Miranda, que começou a reproduzir em quadros a Chapada Diamantina, para onde viajava constantemente. Depois veio a pandemia e, para fugir dela, Moisés foi morar no complexo da Serra da Cantareira. Lá, sozinho em São Paulo, costumava passear de canoa pelos grandes e inúmeros lagos e entrar na mata, para passar os dias. O resultado foi a criação de “trabalhos imersivos” que Moisés mostra na ALBA.
Assim, solitário e contemplativo, o artista atravessou a pandemia, fotografou o que viu mata adentro e transformou a experiência em quadros que são “um convite para que entremos no ambiente de paz e calma” que a natureza oferece. Sua obra é “um pouco de pintura, um pouco de som” e, das experiências que acumula, Moisés aprendeu que “todo mundo faz parte de tudo”, por isso é preciso a reconexão.
Ele pretende continuar nesta trilha e espera visitar a Amazônia, em mais uma “expedição”, e continuar a pintar a natureza, para onde “todos vamos voltar um dia”. Se alguém, ao contemplar um dos seus quadros, conseguir sentir a paz e a calma almejadas pelo artista, ele estará “feliz”, neste espaço de “energia maravilhosa que é a ALBA”.
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