A CPI dos Combustíveis, instalada na Assembléia Legislativa para apurar indícios de sonegação fiscal, adulteração e cartelização, decidiu em reunião extraordinária na tarde de ontem que vai intensificar ainda mais os trabalhos "para punir os infratores que prejudicam a população da Bahia", conforme destacou o presidente do colegiado, Targino Machado (PMDB). Para atingir este objetivo, os parlamentares decidiram que até o fim de setembro o número de sessões deverá dobrar, realizando duas por semana.

Além disso, os integrantes da comissão pretendem solicitar ampliação do apoio oferecido pelo parlamento aos trabalhos, inclusive o exame da possibilidade de contratação de uma auditoria externa para auxiliar no exame da documentação já em poder da CPI. Trata-se de trabalho de cunho técnico considerado indispensável diante do volume de planilhas e documentos recolhidos pelo colegiado.

Com tais medidas, os integrantes da comissão acreditam que no fim do mês já será possível ao deputado Gilberto Brito (sem partido) apresentar um relatório parcial "informando à sociedade sobre o andamento dos trabalhos e as conquistas da comissão". Outra medida defendida pelos deputados é a criação de um serviço de 0800 para melhorar ainda mais a interlocução com a sociedade.

Na sessão de ontem, os integrantes da CPI aprovaram também os seguintes requerimentos. Um de Heraldo Rocha (PFL), solicitando a declaração de Imposto de Renda de 1998 até hoje do último depoente, o empresário Augusto Barbosa, além do balanço patrimonial dos últimos 5 anos e cópias dos contratos de aquisição dos 12 postos de sua proprie-dade.

Foi aprovado ainda um requerimento do deputado Pedro Alcântara (PL) convocando o empresário Leonardo Abreu Torres para depor como testemunha, no próximo dia 14, sobre o fato do Posto Jardim de Alá, de sua propriedade, estar vendendo combustível abaixo do preço de compra.