O Brasil reconhece o trabalho realizado por Miguel Arraes, que deixou sua marca de retidão e respeito. As palavras são do deputado Luiz Argôlo (PP), autor de moção de pesar pela morte do presidente do PSB, ocorrida no último dia 13. "A sua contribuição como homem público foi valiosa e merece o reconhecimento de todo brasileiro", completou.
O parlamentar destacou a vasta experiência de Arraes na política, tendo atuado principalmente em Pernambuco. Por aquele estado ele se elegeu deputado estadual, federal e governador, os dois últimos cargos por três mandatos. "Em seu primeiro mandato como governador, foi deposto pela ditadura militar", contou o representante do PP, lembrando que ao perder os direitos políticos o pernambucano se exilou na Argélia, em 1965, e só retornou ao Brasil 14 anos depois, em função da Lei da Anistia. Foi o último a falecer dentre os quatro pré-candidados a presidente da República para 1965 (candidaturas abortadas pelo golpe militar de 1964). Os outros foram Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda e Leonel Brizola.
A morte aos 88 anos resultou de uma longa luta pela vida, sendo nos últimos dois meses internado na UTI do Hospital da Esperança, em Recife. Ele tinha infecção pulmonar, com complicações renais, o que forçou a realização de sessões de hemodiálise e ventilação mecânica.
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