MÍDIA CENTER

Angelo Coronel diz que "Legislativo ainda tem muito o que fazer na luta pelo respeito às mulheres"

Publicado em: 06/03/2017 14:53
Editoria: Presidência

Marias, joanas, paulas, doras, dulces, anas, patrícias, julianas…. Deputadas, serventes, policiais, médicas, recepcionistas, fotógrafas, nutricionistas, jornalistas…..Mulheres. Um café com o presidente colocou o corpo funcional feminino da Assembleia Legislativa da Bahia, na manhã desta quarta-feira (8), num único patamar. Melhor, recepcionadas com rosas vermelhas e música, ante uma farta mesa no restaurante da Casa. A iniciativa celebrou a passagem do Dia Internacional da Mulher.

Após cumprimentar cada mesa, o presidente da Casa, deputado Angelo Coronel (PSD), disse que "todos os dias do ano são das meninas", como tratou cada uma delas durante o café. Destacou o papel feminino na sociedade e a importância que o Legislativo ainda tem na luta pelo respeito integral às mulheres. 

Muito já foi conquistado em todos esses anos de luta, mas a batalha ainda não terminou. O feminicídio, a violência doméstica, a desigualdade nos salários são ainda questões pendentes. Por isso, a Assembleia Legislativa da Bahia ainda tem muito o que fazer para garantir, de fato, o empoderamento das mulheres ”, diz Coronel. 


O contentamento da plateia fez o presidente ir além de filosofar: cantou. Combinou o repertório com o tecladista, e soltou a voz em Noites Traiçoeiras, sucesso do padre Marcelo Rossi, sendo acompanhado por centenas de vozes.

No embalo das homenageadas, o assessor do presidente, Antônio José Andrade, revelou intimidade com o microfone e interpretou Mulher, letra de Erasmo Carlos. “Dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda...”. Além dos improvisos, a cantora Andréia Rizzo e o tecladista Denny Nunes responderam por um fundo musical variado e de bom gosto.

Para o deputado Marcelino Galo (PT), reunir em grande número as mulheres de todos os setores da Assembleia Legislativa para festejar o 8 de março foi uma iniciativa fundamental. “Hoje é um dia de luta, de afirmação. É preciso que a sociedade reaja, e organizá-las é a melhor forma de fortalecer a luta das mulheres e fazer com que elas ocupem os espaços de poder na sociedade”, disse.

Responsável pela organização da recepção, a diretora da Escola do Legislativo, Fernanda Guedes, salientou que a comemoração é uma forma de promover interação entre os servidores, fazer as mulheres sentirem-se prestigiadas, felizes e acolhidas, ações que impactam positivamente no resultado final do trabalho de todos.

LIBERDADES

Presidente da Comissão de Direitos da Mulher do Legislativo estadual, a deputada Luiza Maia (PT) observou que a data é para festejar, mas também para refletir sobre os problemas enfrentados pela mulher “nessa sociedade ainda machista”. Para a petista, a luta das mulheres avançou bastante nos últimos anos, inclusive em segmentos de predominância masculina.

Estamos em todos os espaços de poder, temos liberdade sexual, econômica, política; nosso problema hoje é a paridade que precisamos conquistar nas instâncias de decisões, principalmente nas casas legislativas em todos os níveis”, entende a parlamentar.


Luiza Maia compreende que o maior problema da mulher hoje no Brasil tem caráter político, “é o retrocesso que a sociedade está enfrentando com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Precisamos, por exemplo, barrar esta reforma da Previdência proposta pelo governo federal”.

A presidente da Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa parabenizou Coronel pelo café da manhã. “O presidente tem tido um olhar especial para a questão da mulher. Ele está engajado, é receptível e sensível às demandas da bancada feminina”, confessou Maia.

A comemoração agradou também aos sindicalistas. Presidente e tesoureiro do Sindsalba – Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa da Bahia -, Gilmar Carneiro Cunha e Flávio Abreu, respectivamente, ressaltaram o que chamou de “novo relacionamento que a nova gestão vem tendo com os servidores. Estamos apoiando esta direção que tem buscado valorizar os funcionários”.

A iniciativa levou alegria também aos funcionários das terceirizadas. Há cinco anos cuidando dos serviços gerais da Casa, Marli Sousa Santos achou “ótima” a ideia de convidar todos as trabalhadoras da Casa, indistintamente, para festejar o 8 de março. “Foi uma forma de nos valorizar enquanto mulher e servidora; nós merecemos”.



Compartilhar: